Lendo a história sobre as crianças e mulheres vemos que não havia um olhar de cuidado e respeito à criança e sua infância, sendo recorrente e até considerado normal a violência contra elas. No Brasil, apesar de várias regras anteriores, inclusive em acordos com a Unicef, somente após a Constituição Federal de 1988 que começamos, como sociedade, a olhar para a criança e a infância com mais responsabilidade.
As instituições precisam = Realizar propostas educativas significativas, afetivas de intervenção e de ensino tendo um olhar especifico para as crianças, vendo os sinais que elas nos dão, ajudando as famílias quando se fizer necessário.
OLHAR E VER: O QUE ESTÁ ALÉM DO VISÍVEL =
Os profissionais das mais diversas áreas precisam ser estimulados e formados para que possam participar efetivamente no combate as diversas violências sofridas pelas crianças e adolescentes. Isso incluem os coordenadores pedagógicos, os professores e diretores, bem como todo profissional que trabalha na instituição. Não se pode fechar os olhos para algo que fere tão profundamente e que muitas vezes suscitam crimes futuros.
O “Guia Escolar: identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes” fala de três tipos de prevenções. A primária, segundo Santos, “[...] engloba várias ações, por parte da comunidade escolar, com o objetivo de eliminar, ou pelo menos reduzir, os fatores sociais, culturais e ambientais que favorecem os maus-tratos.” (2011, p.17). A prevenção secundária vai direcionar os olhares e foco para a violência sexual, enquanto a terciaria visa o “acompanhamento integral da criança e adolescente em situação de violência sexual e do autor da violência sexual”. (2011, p.18)
Todo profissional precisa ter um olhar sensível para a criança e adolescente, percebendo os sinais que dão, as vezes quase imperceptível, porém é um pedido de socorro que é enviado e se torna indispensável tomar uma providência.
Sabemos que a prevenção é ainda a forma mais eficaz de evitar as possíveis violências e suas consequências. Então é sim dever da instituição escolar, da sociedade, do governo, enfim de todos, prevenir, identificar, denunciar e apoiar as crianças e adolescentes vítimas de qualquer tipo de violência. Juntando forças criando estratégias e formando uma unidade, em prol do bem estar e de uma vida de qualidade para essas crianças e adolescentes.
Para isso os profissionais da instituição precisam ser agentes disseminadores de prevenção e transformação, tendo sempre um olhar sensível, para além do que verem. A Instituição precisa trabalhar junto com órgãos competentes, criando estratégias e formando uma unidade, em prol do bem estar e de uma vida de qualidade para essas crianças e adolescentes.
Todos engajados no fortalecimento de atitudes que inibem e ou denunciem os atos de violências contra as crianças e adolescentes, garantindo a integralidade e um acesso a educação de qualidade no presencial e a distância.
Referências Bibliográficas:
Santos, Benedito Rodrigues dos. Guia escolar: identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes/ Benedito Rodrigues dos Santos, Rita Ippolito – Seropédica, RJ: EDUR, 2011.
Com carinho Lê
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